segunda-feira, 6 de abril de 2015

5 empenos 2015 – a nona de nove

Nove de nona. A passada edição dos 5 empenos foi a nona. Isto começa a ficar um caso sério. Este ano éramos bastantes. Quarenta e tal almas que se deslocaram à Sertã no último sábado de março qual romaria, com o objectivo de pedalar, rever velhos amigos e conhecer outros novos.
É curioso; quando comecei com os 5 empenos o objectivo era outro, o do passeio guiado por gps, sem fitas, em autonomia desfrutando apenas da paisagem e da bike. Estávamos em 2007, e não havia quase nada deste género.
Na 2ª edição, (a primeira foi de teste com o Nuno, o Machado e o Henrique) apareceu meia dúzia de amigos e um desconhecido, o José Andrade, que tem sido presença bastante regular até então. Decidiu-se então que seguiríamos todos juntos e que além da paisagem desfrutaríamos também da companhia uns dos outros.



Desde então é assim que tem sido. Um passeio de amigos em que os amigos trazem novos amigos, mas curiosamente todos parecem compreender perfeitamente o espírito inerente a isto, um dia de festa, sem pressas, para aproveitar o melhor possível o que o btt e a amizade tem para nos proporcionar, isto ao longo de um dia inteiro, inteirinho só para nós.

Para a décima edição espera-se um dia com muitas surpresas e muitas coisas a acontecer com o intuito de tornar este dia inesquecível com uma comemoração à altura do décimo aniversário. É uma comemoração que será de todos, de todos os que fazem com que os 5 empenos voltem a acontecer ano após ano aparecendo por cá neste dia.


                                                    os meninos vieram cheios de sede





Mas vamos à edição deste ano.
Como habitualmente a festa começou no dia antes com a chegada do Alex, do Jerónimo, do Sargento Domingos e das meninas Ana e Isabel.
O jantar foi animado, e bastante bem regado com direito a número musical e espectacular performance do Jerónimo, que tal como o vinho do Porto que faz questão de trazer todos os anos (e nós agradecemos) se encontra cada vez melhor.


                                                     o Jerónimo em grande


No dia seguinte lá nos deslocámos até à Sertã onde a reunião seria feita. Como já referi, este ano o número de participantes foi o maior de sempre, o que nos deixa a todos contentes, porque quantos mais para partilhar este dia, melhor. Este ano havia três meninas participantes (um das quais um bocadito feia). A fotógrafa oficial continuou a ser a Carla (com a qualidade que lhe é reconhecida) e todos aqueles que foram tirando fotografias durante o dia e que conseguiram captar todos aqueles momentos que muitos gostariam que tivessem passado despercebidos (sim porque afinal não fui o único a cair; talvez o mais espectacular, mas não o único).

                                                        tempo de reencontros


                                                        ...e de preparativos




Como a organização não brinca, encomendou um dia de sol, daqueles mesmo quentinhos para fazer transpirar um bocadinho. 

                                                            ...o mata bicho



                                                           o look vencedor desta edição




Como já havia referido, esta festa é de todos, porque a mesma só acontece porque todos se juntam cá neste dia. Assim sendo é com prazer que observo todos que considerando fazer parte organização preparam a sua parte ao detalhe, fazendo com que os 5 empenos continuem a estar na vanguarda na inovação no que diz respeito a este tipo de eventos. Se a parte cultural fica com o Jerónimo, a parte do reforço, este ano e pela primeira vez a nível mundial e quem sabe até nacional, ficou com o Cabaço. Os 5 empenos estrearam a modalidade do reforço volante. A qualquer momento que desejassem os atletas puderam usufruir da papinha do reforço, sem ter de ir ao reforço, o reforço vinha aos atletas .A tarefa ficou a cargo do Luís que a desempenhou na perfeição, foi ele o responsável pela ausência de cãibras na edição deste ano. Enfia e aprende como se faz CAPE EPIC.


                                                  o reforço volante no início


                                                       ...e no acompanhamento aos atletas



Mas nem tudo são rosas, como em todo o lado há aqueles participantes mais complicados a quem nem sem sempre é fácil fazer entender do que isto se trata. O mais difícil foi explicar ao Faísca que apesar passarmos duas ou três vezes em alcatrão, o percurso maioritário seria fora de estrada, logo não propício à roda fina. A organização tenta sempre ter em linha de conta todas as assimetrias e todas as diferentes experiências diárias que a vida proporciona a cada um dos participantes. Tenho a certeza que logo que o alcatrão e a luz eléctrica cheguem a Vila Nova de Monssaros será muito mais fácil ao Faísca compreender estas pequenas coisas.

Havia grande espectativa sobre qual veículo se faria o Bruno transportar. Corriam rumores de uma mistura de bike com caiaque e outros adereços insufláveis que o ajudassem a transpor a zona do rio.

                                                                 a partida




Depois de tudo pronto fizemo-nos à estrada. O primeiro empeno deste ano seria diferente do do ano passado. Após alguns quilómetros para que se pudesse fazer o aquecimento, lá se atiraram todos à subida com mais ou menos apetite. Era vê-los todos agachadinhos por ali acima. Depois a descida, outra subida e a habitual paragem na fonte do Marmeleiro e o consequente ataque às laranjas. 



Daí até ao carreiro ao fundo da Azinheira, foi um instante. O Bruno meio apreensivo lá foi seguindo como pôde. O single começa a ficar muito fechado e para o ano a passar-se por ali terá que ser alvo de uma limpeza. Acho que vou aproveitar a sugestão do Zé Andrade e ao pretexto de uma sardinhada junta-se uma equipa de limpeza do referido carreiro. O Zé tráz as sardinhas e aceitam-se voluntários para a equipa de limpeza do trilho e das sardinhas (exactamente por esta ordem).

A chegada à ponte fez-se com a recordação do momento mais alto (e depois mais baixo, quando o Bruno chegou ao fundo da barreira) e com o Alex a disponibilizar umas braçadeiras ao Bruno para aquela parte do trajecto caso fosse necessário. Se isto não é amizade, então não sei o que é.

                                                    ...a passagem do testemunho



E carma, já ouviram falar? Pois é, o carma é lixado. What goes around, comes around.  Apesar de quase nunca ter mencionado a queda do Bruno no ano passado, este ano calhou-me a mim. Fui vitima de um conjunto de situações, entre as quais incluo ter apertado os pedais no dia anterior (e juro que os experimentei, mas o carma…) e o Carlos estar a praticar uma nova técnica de eliminação de adversários. As duas juntas, foram-me fatais. Apesar disso tive uma sorte imensa e consegui saltar da bike enquanto descia a barreira a correr. Já a bike foi aos tombos, mas daqueles com estilo. Mas chegámos lá a baixo os dois inteiros. Diz quem viu que foi assim uma coisa à Evel" Knievel. Ao que parece, não fui o único, outros houve, e esses sim, que foram ao chão, mas alguém se acusou? Népia.

                                                                  ...pois 




Depois deste número, continuámos até à praia fluvial do Bostelim e daí seguimos para o verdadeiro empeno, que nos levaria ao centro geodésico de Portugal.
Daí baixámos até Vila de Rei onde iríamos comer qualquer coisa mais substancial.
A segunda parte, o regresso, é sempre mais rápido e mais fácil. Dirigimo-nos à cascata do Escalvadouro, este ano com muito pouca água pela falta de chuva. O João, com uma paragem de digestão estava com dificuldades visíveis em progredir. Decidimos seguir os dois até à estrada, onde a Rita o veio buscar. Eu segui por alcatrão a tempo de ir fazer o último empeno do dia. O Domingos como é um querido, ainda me tapou o cimo do empeno com um tronco. Para a décima edição conversamos melhor, payback’s a bitch :)



                                  o último empeno... curto mas inclinado, e com troncos


O final aproximava-se, contudo ainda faltava o jantar e consequentemente a parte cultural deixada a cargo do Jerónimo, que voltou a não desiludir.

                                o Bruno felicíssimo por ter conseguido chegar ao fim




A noite ainda continuou para alguns, enquanto os outros foram regressando a casa.
Para o ano como já referi a festa será maior e com uma duas surpresas. Quem quiser aparecer, fica desde já convidado.


Para terminar, deixo um grande obrigado a todos os que estiveram presentes, aos repetentes e aos que vieram de novo. São os maiores.

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