Após paragem forçada voltei a pedalar, e como 3 semanas de paragem se fazem sentir nas pernas, optei por um percurso nem muito longo, nem muito difícil.
Saí de casa em direcção ao Outeiro das Colheres. Como é habitual os primeiros km foram feitos a subir (a Sertã fica num vale).
Feito o aquecimento, tinha decidido ir até Boais, passando pelas Vaquinhas Fundeiras e pela ponte da Valada. A partir daí logo decidiria por onde ir, uma vez que as opções eram várias. Aí chegado e depois de atravessar a ribeira (agora transformada em riacho) encontrava-me no sopé da serra da Longra. Olhei para ela – que jeitosa – pensei. As hipóteses tal como as direcções são variadas ao contrário do sentido que só poderia ser um, para cima. Pensei com os meus botões – faço o segundo empeno e depois sigo em direcção ao primeiro. Apesar de já ter feito o primeiro empeno dezenas de vezes, fi-lo sempre no mesmo sentido. Desta vez seria diferente, iria “andar para trás”. Pareceu-me um bom desafio e a ideia de fazer tudo ao contrário agradou-me. Fiz o percurso mentalmente e sorri.
Comecei a subir e que bem me soube, que saudades tinha de o fazer. Já na parte final, no topo do primeiro empeno parei uns breves instantes para apreciar a paisagem. Já o fiz diversas vezes, mas gosto sempre de repetir. Parece que estou no topo do mundo e sinto-me sempre bem. Respirei fundo, enchi os pulmões e iniciei a alucinante descida que me levaria dos 550 m aos pouco mais de 200 e de volta a casa. Acabaram por ser 35 km com um acumulado de 803 m.
Enquanto arrumava a bike, pensei no quanto me tinha divertido com esta volta de regresso e quanta falta isto me fez. Adoro btt, a subir (preferencialmente), a descer, a direito, a solo ou com amigos, especialmente com amigos. Felizmente tenho alguns dignos desse nome.