segunda-feira, 4 de julho de 2011

Picos da Europa (dia 24)


Dia 24

O dia destinado ao btt. Seriam 73 quilómetros descritos simplesmente e bem pelo Alex como –são só duas subidas. Bem verdade, só que ambas a rondar os 20 quilómetros.
A partida deveria ser cedo, porque iríamos fazer a garganta. Uma vez que é proibido fazê-lo de bike, o objectivo seria fazê-la toda antes dos guardas que se encontram no final da mesma entrarem ao serviço. Além dos 500 € de multa temos ainda direito à apreensão da bike. Se repararam no início do parágrafo, utilizei o verbo deveria. Deveria, mas não foi. Saímos tarde. Ainda nós íamos a meio da garganta (6 km) já os guardas tinham entrado ao serviço no outro lado. Nada que nos preocupasse (pelo menos por enquanto). A paisagem de que dispúnhamos e a constante atenção que deveríamos ter ao caminho nem nos deixava pensar nisso. Lá em baixo, o límpido Rio Cares fez-nos companhia durante todo o trajecto. Sempre que encontrávamos caminhantes desmontávamos e tudo decorreu sem incidentes. Já a chegada teve que ser feita digamos, depressa, pelo menos quando passámos pelos guardas, que diga-se em abono da verdade, não se preocuparam muito com isso. Melhor assim.
A partir daí iniciou-se a primeira subida do dia que nos levaria desde os 230 m na Garganta até aos quase 1600 m no topo das Lombas del Toro. Nos quilómetros iniciais fomos acompanhados pelo alcatrão e por uma paisagem deslumbrante.
Subíamos por um dos lados da montanha, o que nos permitia ver com deslumbre todo o extenso vale que nos era dado a admirar.
De entre todos os adjectivos possíveis para qualificar o que vi escolho “grande”. Sentimo-nos minúsculos, perdidos no meio de toda aquela grandiosidade.
Mais à frente regressávamos à terra onde fizemos uma refrescante paragem num tanque de água límpida que servia de bebedouro às vacas. Continuámos depois a subida que nos levaria ao cimo das Lombas del Toro situado a quase 1600 m de altura com desníveis de mais de 20%. Depois descemos um pouco a um verdejante vale onde a vida animal abundava. Apesar de não haver misturas, tudo confraternizava por ali. Os cavalos, as vacas, cabras e ovelhas. Só os burros se encontravam bastante mais à frente, como que segregados pelos demais.
Seguiu-se a descida a grande velocidade (para uns) para mim mais ou menos que tinha o cubo traseiro a fazer aquele barulho característico de quando está a necessitar de uma limpeza. Chegados lá abaixo foi hora de almoçar. Em Espinama o calor já se fazia sentir o que fazia prever uma parte final (com a pior subida) nada fácil.
Café tomado, (neste caso foi mais uma água suja) subimos até Fonte Dé onde parámos para o último ponto de água que encontraríamos até casa e para admirar os 700 m de cabo do elevador que lá se situa. A subida seguinte foi até Horcada de Valcavao no alto dos seus 1900 m onde os 12 quilómetros finais que nos esperavam seriam feitos a descer onde se atingiram velocidades bem jeitosas.
No final a foto habitual e umas canhas para repor e hidratar.
A noite acabou novamente com a companhia de mais duas garrafas de licor de Hierbas e uma fantástica aventura contada pelo Bruno “35” que metia helicópteros de só uma pá e espeleólogos (assim à laia de Indiana Jones).

























dia 25 (a seguir...)

Picos da Europa (dia 23)


Com o devido atraso, cá vai o relato de como tudo se passou por terras Asturianas.

35
O número em que mais se falou durante estes dias.
35
O número pelo qual se fizeram diversos negócios que acabaram por não dar em nada.
35
Dividido, pode ser 3 -o número de dias em que por lá andámos (se tirarmos o domingo que foi dia de regresso) e 5- o número de estrelas atribuídas aos dias em questão
35
O número de pedaladas repetidas outras 35 e mais outras 35 e mais outras não sei quantas vezes.
35
O número aproximado de quilómetros que fizemos no pedestre.
35
O Bruno, mas isso é outra história…

A estadia pelas Astúrias pode ser dividida em 3 dias como referi anteriormente.
Dia 23
O dia da partida. A expectativa era grande tal como a viagem. Quase 700 quilómetros o que me separa de lá voltar.
A viagem correu bem sem sobressaltos com apenas algumas paragens para descanso e para tomar café. Três carros, onze bikes, onze pares de pernas e os respectivos troncos, era o que bastaria para estes dias. E assim foi.
A chegada a Posada de Valdeon foi feita com algum frio que nos obrigou a vestir os polares. Depois da chegada e de nos havermos alojado, ainda tivemos tempo para umas voltas pelos arrabaldes e visitámos ainda a povoação, o Miradoro del Tombo, o Chorco de los Lobos e Cain, onde se inicia a Ruta del Cares.
Entretanto havíamo-nos abastecido de alguns mantimentos para o dia seguinte e outros para o próprio. O Leonel e o João Sanches, os militares de serviço, (tem que haver sempre uns tropas ao barulho) adquiriram duas garrafinhas de Licor de Hierbas para digerir depois da janta. E assim teve que ser. É bom, mas ao que parece provoca dor de cabeça quando administrado em excesso.
Foi dessa forma que formos dormir. Tarde. A juntar-se-lhe o despertar que seria cedo.













depois colocarei os restantes dias.