Pois é, desde Abril que não fazia desporto nenhum.
Desde os 5 empenos que parei completamente, não por vontade própria mas por incapacidade própria.
Logo que me deixaram tratei de matar o bicho, mas depressa percebi, que mais depressa morria eu. Na primeira volta que dei após meia dúzia de quilómetros as pernas deixaram de obedecer, provavelmente por falta de oxigénio uma vez que já me havia saltado um pulmão logo nos metros iniciais de subida. O resto do caminho lá o fui fazendo em ritmo fraquinho, fraquinho até casa. Uma espécie de arrasto penoso. Correndo o risco de me saltar o outro pulmão lá adoptava um ritmo mais vivo quando passava por alguém. Homem que é homem nunca dá parte fraca (pelo menos com outros a ver).
Depois da desgraça ocorrida durante a semana foi com alguma relutância que combinei com o Moedas uma voltinha para a manhã de Domingo. Fiquei mais descansado quando ele disse que o Xana também ia. O Xana, havia tanto para dizer sobre o Xana. Utilizando a ideia da ZON (ó senhores, olha aí o patrocínio fachavor) digamos assim – podíamos andar de bike sem o Xana? Podíamos, mas não era a mesma coisa.
Lá saímos então no Domingo. O Xana foi logo avisando que na noite anterior tinha estado de volta de umas castanhas que não lhe tinham caído muito bem. Ao que parece não foi o vinho novo que o estragou. Diz ele…
É com orgulho que afirmo que até ao primeiro reforço andei sempre com os da frente, nunca os larguei e cheguei mesmo a liderar o pelotão. Afinal após tanto tempo parado ainda estou em grande forma.
Percorridos então os puxados 500 metros iniciais parámos para o anteriormente referido primeiro reforço. Vinho do Porto com merenda doce na casa da avó do Moedas que comemorava mais um aniversário. Como comemoração é o nome do meio do Xana, foi o primeiro a dar o exemplo e a despachar a parte que lhe calhou.
A partir daí, tudo foi diferente. Os restantes quilómetros passou-os num misto de divagações filosóficas e na procura de cogumelos (conhecidos entre nós por gasalhos).
Lá fomos seguindo no sobe e desce habitual. Nesta altura e na impossibilidade de seguir no pelotão da frente (também já lá tinha andado) juntei-me ao Xana onde ainda tive tempo de aprender alguns ensinamentos que considero muito úteis e que me acompanharão com a vida.
Ainda parámos no Mourisco onde o Xana lançou mais uma pérola que não resisto a partilhar –se alguma vez estiverem para se atirar de uma ponte lembrem-se que vos ofereceram um par de cornos e não de asas. Ensinamentos destes salvam vidas.
E foi assim que chegámos ao fim da volta às voltas. Apesar de tudo senti-me muito feliz por ter voltado a pedalar e a poder andar por aí. Espero voltar à forma antiga e completar alguns projectos que ficaram pendentes.
Fá-los-ei mais cedo ou mais tarde, sozinho ou acompanhado.
Fica o desafio para os que me quiserem acompanhar.
Irei deixando por aqui novidades.