quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ganhar, não ganhei mas estou com uma pele espectacular

E como é que fiquei assim?
Passo a explicar.
A alvorada foi às 5.45 da matina, à pois é. Ainda tínhamos uma viagem valente até Oeiras, essa bela localidade, mais propriamente até ao estádio nacional ou do Jamor, para aquilo que julgávamos nós ser um duatlo, por sinal o primeiro para todos nós. Por isso mesmo encontrávamo-nos ansiosos, expectantes, com algum receio e até um bocado húmidos, graças à chuvinha que se fazia sentir. Apesar de tudo, esperávamos que fosse uma festa. E não é que foi mesmo!

A comitiva que partiu de Aveiro foi a seguinte; o Hernâni, o Toino Faísca, o Albino Metralha, eu e o Ricardo, que nos acompanhou e foi o fotógrafo de serviço.

Posto isto, a nossa chegada foi algo atribulada. O iníquo GPS do Ti Hernâni não reconhecia o estádio do Jamor. Fomos então tentando lá chegar através das placas. Um engano, fez-nos dar uma volta extra e provocou o primeiro ataque de stress ao senhor, ainda o homem não tinha começado a correr e já aquele pulsómetro disparava por ali acima. Mas pronto, com uma festinha a coisa lá acalmou (ao que parece o Faísca tem muito jeitinho).

Por acaso acabou por correr bem, porque entrámos pelo lado errado mas ficámos pertinho da partida e não apanhámos confusão alguma.

Preparámo-nos e fomos levantar o frontal e o chip. Começou logo aí a primeira das várias provas que teríamos que vencer ao longo do dia.

100 metros na lama.
A distância até ao secretariado teria de ser feita o mais depressa possível e ganhava quem lá chegasse em primeiro lugar mas com os dois sapatos nos pés. Não foi fácil mas conseguimos. A primeira prova já estava.
Seguiam-se agora as outras de menor importância.

Primeiro tínhamos que correr 5 quilómetros, duas voltas ao percurso delineado por entre a zona envolvente ao estádio. Até aqui tudo bem. Da chuvada que tinha caído meia hora antes, nem sinal e agora o sol assomava a medo por entre as nuvens. Após a segunda volta e ao entrar na zona de transição encontro o Alex, que andava à procura da bike. São momentos como este que dão cabo de toda uma época a um gajo. Por ali continuou mais algum tempo enquanto os outros iam e vinham, até que lhe dei uma ajudinha e lá encontrámos a dita.

Tínhamos 18 quilómetros pela frente, onde atravessaríamos a mata do Jamor e ainda passaríamos dentro do estádio, mais propriamente na tribuna VIP. Mas a verdadeira surpresa estava ainda para vir. A saída do parque das bikes, era feita a nado, através de uma gigantesca zona de lama líquida. A partir daí o percurso alternava entre a lama, e o paralelo. Um mimo para quem gosta de btt espectáculo. Fui ultrapassado por dois ou três que passaram por mim a deslizar em grande estilo. Outros aproveitaram para se deitar mas nas zonas de lama, onde descer era um exercício de equilíbrio e sorte ao mesmo tempo.
Correntes partidas e drop-outs ao pé dos desviadores dianteiros também vi alguns. Foi uma festa, até para derreter material.

Após 18 esgotantes quilómetros, lá voltámos ao parque para deixar a bike e calçar as sapatilhas para os últimos 2,5 quilómetros de corrida. Agora foi a minha vez; achar a bike foi fácil, mas o cesto com as coisas (no meio de tantos iguais) já foi mais difícil, ainda para mais, nem me recordava da cor do meu. Por ali andei alguns segundos até dar com ele.

Parti para a corrida final, onde me senti bem e ainda acabei por passar alguns atletas que entretanto iam andando para recuperar forças.

Entretanto fiquei por ali na companhia do Carlos Portela à espera do final da prova de corrida com andarilho, onde participaram o Hernâni e o Faísca.

Após terem chegado os dois, e enquanto esperávamos pela abertura do parque das bikes, ainda houve tempo para um moche ao Hernâni, dando-lhe assim os parabéns pelo seu brilhante 4º lugar no seu escalão. Este miúdo ainda se faz, ai faz faz…

Preparámo-nos então para a penúltima prova do dia. Lavagem das bikes no rio Jamor. Verificou-se aqui um empate técnico, porque ninguém conseguiu lavar a bike como deve ser, mas tirámos pelo menos a maior.

Ao chegarmos ao carro, preparámo-nos para a última prova do dia: Os 3 quilómetros com o saco às costas e é se queres tomar banho.

E foi assim o primeiro duatlo para todos.
O saldo foi francamente positivo e todos saímos de lá vencedores, uma vez que nos divertimos a rodos e pelo menos ficámos com uma pele espectacular.
Aproveito para deixar as melhoras ao Toino Faísca para que supere rapidamente da maleita de que padece e que o acompanhou, principalmente nas viagens de ida e volta.