terça-feira, 15 de maio de 2007

Os Cagaréus vieram à Sertã (relato completo de como tudo se passou)

Pois é os vermelhinhos vieram à Sertã para aquele que viria a ser um dia inesquecível onde a boa-disposição foi a nota dominante. Veio também o Jorge “Haroman” representante dos Bicigodos, agora desterrado para os lados de Aveiro.
Encontravam-se reunidos todos os ingredientes para que a coisa corresse da melhor forma, e assim foi.

Estava previsto um andamento descontraído e assim aconteceu. O dia começou cedo para os Cagaréus e para o Jorge que vieram de Aveiro.
Depois de chegarem preparam-se as bikes e fazem-se as afinações finais e tira-se a tradicional foto de família.


O verdadeiro "Deep Throat "




És capaz de fazer isto, Hernâni?

Pfff, na boa.





3, 2, 1 e siga. Iniciamos o passeio com a passagem pela parte antiga da Sertã.
Eis que de repente surge uma bidão de água ao fundo de umas escadas logo seguido do amigo Valter que dizia “eu estou bem, eu estou bem, foram os calções que se prenderam ao selim”.




1ª queda. Felizmente sem consequências graves e lá seguimos em direcção ao Outeiro da Lagoa.





Meia dúzia de km depois a 1ª paragem. O motivo é óbvio.





Uns metros mais à frente o revestimento do cabo das mudanças do Jorge rompeu-se e as mudanças não entravam. 2ª paragem. Após opinião especializada concluiu-se que o problema era excesso de manutenção, nada que não se resolvesse com um pouco de fita adesiva que não tínhamos, mas ainda bem.




Seguimos então até ao Outeiro onde parámos na primeira casa que encontrámos para pedir fita adesiva.







3ª paragem.




Foi aí que tivemos o privilégio de conhecer o simpático casal que nos ajudou o Sr. Zé Franco, a Dona Amélia e o Pipo O que não esperávamos era que na fita estivesse colado um garrafão de vinho. Nem nos apetecia muito mas tivemos que provar a pinga para ver se era boa, e também os tremoços que a acompanhavam.


O Pipo.
Primeiro provo eu, a ver se é bom.
Enquanto isso a equipa de engenheiros procedia ao reparo do cabo do Jorge (isto assim soa um bocado mal).




Não muito longe dali...



Estou com uns gémeos, mesmo bem definidos. Que pinta.

Que serviço de qualidade.



Antes de arrancarmos tivemos de voltar a provar mais um ou dois copos para nos certificarmos de que a pinga era mesmo boa. Tínhamos ficado com algumas dúvidas nas primeiras duas provas.
Eis que então alguém bebeu meio copo de vinho e passou ao seguinte e diz o Sr. Zé “então temos aqui meninos ou quê? Isso é para beber tudo” – e foi.





Fotografia, agradecimentos e seguimos em frente (mais ou menos, que o vinho desequilibra).









Meia dúzia de km em sobe e desce e 4ª paragem.

O Valter aproveitou para fazer uns peões com o Gilberto e o João na mala que se aguentaram sem vomitar.


O Jorge a colocar-se a jeito para a foto.







Continuámos para os Calvos onde o João aproveitou para demonstrar o que tinha aprendido no último workshop que frequentara subordinado ao tema “domina as técnicas de queda sem sujar os calções”. O Gilberto não quis ficar atrás e pensou “eu também sou capaz de fazer aquilo” – e fez.


5ª paragem. 2ª e 3ª quedas.

Fotos, agradecimentos pelo espectáculo e siga.

Mais um sobe e desce e uma paragem no alto antes da alucinante descida para a Ponte das Cabras para apreciar a paisagem.





Começa a descida e o pessoal passou todo de gás,





... e já que estava tudo numa de dar espectáculo o Valter não foi de modas e resolveu brindar o pessoal com um mortal à frente seguido de flic-flac com aterrizagem sobre o ombro direito (técnica que domina na perfeição) para gáudio de todos os que assistiram a esta eximia demonstração de técnica.



6ª paragem. 4ª queda.



Aproveitámos para tirar mais umas fotografias, e para parabenizar o Valter pela sua destreza.


Ó pra elas todas alinhadinhas.


Seguia-se a maior e mais íngreme subida monte acima em direcção à Rolã, que se fez com a alegria do costume. Aproveitámos para tirar mais umas fotos ao Hernâni que ao contrário do que é habitual, vinha com uma “cobra” que só visto.



Ui, que cobra trago!!



Passámos por mais umas casas e ao chegar à Rolã enquanto fazíamos uma pausa para por qualquer coisa na boca (comida entenda-se) resolvi fazer um cavalo, mas os pés ficaram presos aos pedais e caí quase parado de costas. Tive aí então os meus 5 minutos de fama onde fui largamente aplaudido por todos. Foi talvez a queda menos espectacular, mas certamente a mais estúpida de todas, o que também tem o seu mérito.

7ª paragem. 5ª queda.




Seguimos então em direcção à Cumeada onde nos esperava um belo reforço cedido pelo Presidente da Junta local.


O que não sabíamos é que ainda nos estava reservada uma surpresa antes do reforço. Enquanto reagrupávamos após uma subida, o Hernâni não conseguiu tirar o pé do pedal e claro está; mais um tombo (desconfio que ele nos havia reservado algo de bem mais espectacular, do que apenas aquele cotovelo enterrado no alcatrão, mas foi o que saiu na altura). Mas se a queda não foi nada de especial, o chorrilho de impropérios que se lhe seguiu foi deveras espectacular, não só devido à variedade dos mesmos mas também devido à perfeita dicção e rapidez com que foram vociferados.
Todos fomos almoçar com a certeza de termos aprendido algo de novo naquela manhã.

6ª queda.








O Jorge sempre na boa.




Claro que com este ritmo alucinante, chegámos ao reforço com quase uma hora de atraso em relação ao previsto, mas foi de propósito, porque assim a cerveja estava mais fresca.

O reforço estava excepcional e havia de tudo, pão com presunto, bolos, chocolates, laranjas, águas, sumos, e claro vinho e cerveja. Eu e o amigo Valter achámos por bem provar também o vinho – só para comparar com o que havíamos bebido antes.
Fica o nosso agradecimento ao Manel e à Junta de Freguesia da Cumeada pelo magnífico repasto que nos ofereceu.

As meninas também resolveram aparecer para dar uma força e para pagar o café que se seguiu. São umas queridas.

O Valter a explicar - "esta técnica demorou anos a aprefeiçoar, por favor não tentem isto em casa"



Era um rabo deste tamanho, mas aguentei-me à bronca!!


A boa disposição foi uma constante.





Houve ainda tempo para que o Valter se pudesse refrescar.



Vamos então às pontuações relativas à primeira parte do passeio:




* - alguma incerteza na apuração dos resultados determinou o cancelamento temporário deste item

É claro que fomos avisando o Jorge que ou tomava a iniciativa de cair de livre e espontânea vontade ou então teríamos de o empurrar por uma ribanceira abaixo.

Vamos ver o que nos espera a 2ª parte. Os resultados estão muitos próximos.

Fica para amanhã. Até lá.

1 comentário:

Anónimo disse...

existem cagaréus em praia do ribatejo. dizem, os antigos, que vieram oriundas de aveiro para a pesca do sável em praia do ribatejo.