terça-feira, 12 de julho de 2011

Dia 25 (o pedestre)

O despertar foi outra vez cedo de mais, ou então o recolher é que foi tarde. É sempre o mesmo problema com o jet lag.
Desta vez era a pé. Esperavam-nos os 12 quilómetros da Garganta (ida e volta) mais uma subida até à pitoresca aldeia de Bulnes cujos únicos acessos são a pé (pelo caminho que utilizámos) ou de funicular. O total rondaria os 30 quilómetros.
O início da “Garganta” foi feito com a devida calma para que pudéssemos apreciar a paisagem devidamente, uma vez que no dia anterior havíamos passado por lá a “correr”. As máquinas fotográficas não pararam. Só do meio para a frente é que começámos a encontrar caminhantes. A chegada a Poncebos foi relativamente rápida. Lá chegados fizemos uma pausa para fornir o bucho porque a subida para Bulnes esperava-nos. Esta subida tem a particularidade de ser lindíssima e ao mesmo tempo bastante dura. O caminho quase todo ele rasgado na rocha leva-nos montanha acima literalmente sobre calhaus soltos e degraus na pedra. Um pequeno e refrescante riacho corre monte abaixo. O dia estava bastante quente e quase não corria aragem. Chegados a Bulnes foi tempo de hidratar e de comer mais qualquer coisa. Abancámos numa pitoresca esplanada onde tomámos qualquer coisa fresca e por ali ficámos durante um bocado a aproveitar a beleza do local.
A descida fez-se em passo rápido. Ao ficarmos um pouco atrasados resolvemos correr (eu e o Sanches) até apanharmos os nosso companheiros. Quando lá chegámos resolvemos continuar a corrida monte abaixo na qual fomos acompanhados inicialmente pela Paula e pelo Alex. Gostei imenso de correr montanha abaixo sempre com a atenção necessária à irregularidade do terreno. Chegados lá abaixo fomos arrefecer “os motores” no límpido riacho enquanto esperávamos pelos restantes.
A partir daí iniciou-se o regresso a Cain. A parte melhor estaria para chegar. Optámos por um caminho alternativo à “Garganta” que seguia à meia encosta na expectativa de lá voltarmos por um dos diversos carreirinhos que havíamos visto à vinda. Depois de uns quilómetros vislumbrámos um desses carreiros que à partida nos levaria lá acima. Não sei qual a inclinação do mesmo, mas alturas houve em que subimos quase de gatas. A parte final era ligeiramente mais “soft” e lá atingimos o objectivo.
Daí até Cain a coisa fez-se a ritmo descontraído. A noite não terminou sem a devida dose de Licor de hierbas. O dia seguinte seria o do regresso.
Passámos ainda por Chaves onde comemos ainda a tradicional posta mirandesa.
Para terminar quero deixar um agradecimento aos Trilhos Simples, pelos excelentes dias que nos proporcionaram onde tudo correu de forma impecável e por um preço irrisório. Para a próxima estou lá outra vez (agora ponham-se a aumentar o preço que depois conversamos).
Bom bom era voltarmos lá para o ano mas por 35€ cada um. Isso é que era. 
Um abraço a todos.



















































3 comentários:

Hernâni disse...

Excelentes fotos!

Anónimo disse...

excellent report!!

fotos sempre ao 'mais alto nível'!!

congratulations!!

Rui André disse...

Espectáculo!

Mas até agora nenhuma foto faz jus àquela parede que tivemos que subir... as tuas estão quase lá mas mesmo assim na altura pareceu bem mais inclinada!

Por 35€ sou gajo para me voluntariar a outro empeno destes. Mas para a próxima quero andar no teleférico, não podemos é deixar o Bruno negociar o preço...