segunda-feira, 31 de março de 2008

Os 5 empenos

Como o dia foi longo e cheio de estórias para contar, vou fazer este relato durante a semana e conto deixá-lo aqui na semana que vem. Deixo só algumas fotos para dar uma amostra do que foi este dia.
Éramos 16 participantes, poucos, mas bons. Divertimo-nos imenso durante todo o dia e ainda conseguimos juntar para o Samuel 225 € mais uma bike antiga restaurada (oferta do grande Jerónimo) para sortear em rifas a vender posteriormente na maratona de Alte (tarefa a cargo do Girão).


Da esquerda para a direita (Girão (Alfarelos), Rui (Alfarelos), José Andrade (Figueira da Foz), Paulo Ruivo (Abrantes), Domingos (Gaia), Jerónimo (Santo Tirso), eu (Sertã), Hernâni (Aveiro), Alex (Leiria), João (Vila Nova de Monsarros), Faísca (Vila Nova de Monsarros), João José (Abrantes), Nuno Gomes (Abrantes), Albino Metralha (Vila Nova de Monsarros), Valter (Aveiro) e Gilberto (Aveiro)).
As descidas eram bem rápidas.
O Faísca e o Alex.
O Rui e o Girão.
O João José.
Alex, Valter e eu.
Ao contrário das subidas.




O Nuno.

As duas mais lindas...


O Astérix (companheiro de aventuras dos Jerónimo)
Eu, o Jerónimo e o Girão.


O Alex e o Girão.

Um bonito single ao longo da ribeira.
Mais um dos diversos furos que nos acompanharam ao longo do dia.


A Chegada ao Centro Geodésico de Portugal.

O staff de apoio e reportagem.
Jerónimo e a sua "Árvore Generosa".

Até para a semana com o repor completo.

sexta-feira, 28 de março de 2008

É já amanhã

...que se realizarão os 5 empenos.
Já está tudo pronto, haja força nas pernas que a coisa faz-se.

O sobe e desce que nos irá acompanhar o dia todo.
O reforço lá em cima.
A ponte das Charcas.
No topo do 1º empeno.
O regresso.

Para a semana, hei-de passar por aqui para contar como foi.

quinta-feira, 20 de março de 2008

2º Raid AngarnaBtt

Perfeito. É a palavra que me ocorre para caracterizar este raid. Além de muito bem organizado, trouxe ideias novas que deveriam servir de exemplo a todas as organizações de eventos. Mas vou começar pelo início. A promoção foi muito bem feita. Todas as informações necessárias sobre o percurso foram disponibilizadas. Foi ainda feito um vídeo promocional sobre o evento. À semelhança do ano passado, uma percentagem do valor das inscrições é destinada a uma instituição. Além disso conseguiram ainda um grande número de brinquedos e roupas de criança para entregar a outra instituição, neste caso uma que acolhe jovens desfavorecidos.Houve ainda a inteligência da organização em limitar o evento a 200 participantes. Souberam resistir ao lucro fácil de mais uns euros para garantir que todos fossem recebidos em perfeitas condições, e assim aconteceu. Aplaudo de pé.

No que diz respeito ao raid propriamente dito, a recepção decorreu sem falhas. No estacionamento couberam todos e sem atropelos, tal como no levantamento dos frontais. A marcação esteve exemplar com fitas, sinais e cal. Não havia grande margem para enganos. Grande parte das fitas foram reaproveitadas da edição do ano anterior. Quando se fala tanto em reciclar, estes jovens fazem ainda melhor – reutilizam.
O reforço, com uns picas singulares, além do chouriço, queijo da Serra e pão, não passou despercebido, nem mesmo para aqueles que não paravam.

O percurso, durinho q.b. e com paisagens de encher o olho; então a passagem pelas hortas e pelo meio das casas… um must.
Banhos com condições magníficas e água quente, é verdade, água quente e sem fila de espera com a distribuição dos atletas pelos balneários feita de forma perfeita.

Para o almoço também não houve tempo de espera superior a dois ou três minutos e a fartura foi garantida. Enquanto chegaram pessoas, os grelhadores nunca pararam de trabalhar. Ainda tive oportunidade de provar a pinga destinada aos homens das febras, que segundo os mesmos era um bocadinho mais “especial” do que a do almoço. A simplicidade e simpatia daquelas pessoas é contagiante. Apeteceu-me ficar ali a tarde toda.

A mesa das sobremesas parecia a de um casamento, não faltava nada, nem diversidade nem quantidade.O sorteio dos prémios foi generoso (não comigo como é habitual) mas os Cagaréus ganharam novamente o prémio de maior equipa – éramos 17. Já o apetecido primeiro prémio (um leitão) foi para Leiria e ficou muito bem entregue ao Alex (pena é que já não deve sobrar nada para dia 29).

Pessoalmente o raid correu-me bem, não a nível da classificação, mas não caí e diverti-me bastante, pelo menos até começar o sofrimento, o que felizmente só aconteceu na parte final (esta paragem fez-se notar). Comecei talvez com um ritmo forte, não para o habitual, mas para a minha condição o que me levou a abrandar um pouco no final (também não tinha outro remédio – estava todo roto). Já não me lembrava da última vez que tinha utilizado a avozinha, mas desta vez tive que recorrer a ela por duas ou três vezes, é que existiam por lá uns cumes jeitosinhos. Contento-me com o facto de nunca ter desmontado (esta foi uma private joke). Como já referi adorei a passagem nos quintais e hortas, os singles existentes e os feitos de propósito, o passar quase dentro das casas das terriolas que iam aparecendo no caminho, mas especialmente o grande smile desenhado no chão antes da meta. Ainda consegui sorrir.
Fui o trigésimo nono a chegar após os 59 quilómetros e 3h 22m.

Findo o almoço, ainda tive oportunidade de trocar duas ou três palavras com o Faísca e o Metralha. Não deu para muito mais, mas se não for antes haverá tempo para mais no próximo dia 29 na Sertã.
Não podia deixar de falar no brinde oferecido neste raid – um pequeno pinheiro para plantar. Parece-me um brinde muito mais inteligente do que uma qualquer t-shirt e revela uma preocupação com o planeta que habitamos que é constantemente mal tratado. Muitas das vezes são os próprios “bttistas” a deitar para o chão o papel de uma barra pois como é de conhecimento comum o seu peso e volume excessivos provocam graves lesões nas costas (esses deviam ficar confinados às pocilgas onde chafurdam).

Mas voltando ao brinde, ainda que só sejam plantados dez ou vinte dos duzentos pinheiros oferecidos, já terá valido a pena. Uma palavra para esta iniciativa – brilhante. O meu irei plantá-lo num local onde o possa ver crescer e recordar de onde veio e quem mo deu.

Numa altura em que cada vez menos tenciono participar neste tipo de eventos organizados, este será certamente um a repetir. Todas as organizações deviam olhar para este exemplo, para aprender como organizar um evento sem falhas e ainda ajudar quem precisa. Os Angarnas certamente não poderão ir de férias à custa do raid, mas farão algo de bem mais importante com o dinheiro.

Não quero terminar sem o desejo de rápida recuperação do Cagaréu Eduardo que se aleijou gravemente durante este raid e permanece internado nos cuidados intensivos em Coimbra. A recuperação será certamente demorada mas cá estaremos todos para o ajudar.

Um grande abraço de melhoras.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O regresso

Após paragem forçada voltei a pedalar, e como 3 semanas de paragem se fazem sentir nas pernas, optei por um percurso nem muito longo, nem muito difícil.
Saí de casa em direcção ao Outeiro das Colheres. Como é habitual os primeiros km foram feitos a subir (a Sertã fica num vale).
Feito o aquecimento, tinha decidido ir até Boais, passando pelas Vaquinhas Fundeiras e pela ponte da Valada. A partir daí logo decidiria por onde ir, uma vez que as opções eram várias. Aí chegado e depois de atravessar a ribeira (agora transformada em riacho) encontrava-me no sopé da serra da Longra. Olhei para ela – que jeitosa – pensei. As hipóteses tal como as direcções são variadas ao contrário do sentido que só poderia ser um, para cima. Pensei com os meus botões – faço o segundo empeno e depois sigo em direcção ao primeiro. Apesar de já ter feito o primeiro empeno dezenas de vezes, fi-lo sempre no mesmo sentido. Desta vez seria diferente, iria “andar para trás”. Pareceu-me um bom desafio e a ideia de fazer tudo ao contrário agradou-me. Fiz o percurso mentalmente e sorri.
Comecei a subir e que bem me soube, que saudades tinha de o fazer. Já na parte final, no topo do primeiro empeno parei uns breves instantes para apreciar a paisagem. Já o fiz diversas vezes, mas gosto sempre de repetir. Parece que estou no topo do mundo e sinto-me sempre bem. Respirei fundo, enchi os pulmões e iniciei a alucinante descida que me levaria dos 550 m aos pouco mais de 200 e de volta a casa. Acabaram por ser 35 km com um acumulado de 803 m.
Enquanto arrumava a bike, pensei no quanto me tinha divertido com esta volta de regresso e quanta falta isto me fez. Adoro btt, a subir (preferencialmente), a descer, a direito, a solo ou com amigos, especialmente com amigos. Felizmente tenho alguns dignos desse nome.