Bastava mencionar o terrífico nome CEVA, para que a mais corajosa das crianças ingurgitasse a sopa sem demoras e sem questionar o que quer que fosse. Afinal o CEVA era mesmo mau…
Foi neste estado de aflição que os cá recebi no passado dia 10. Segundo fui informado, seriam 6, os que se deslocariam até cá. -6? Questionei-me eu. -Serão precisos tantos? Como se um já não bastasse apresentam-se 6. Cum raio, estou altamente lixado.
Foi nesse momento que decidi então impetrar a ajuda aos Cagaréus (criaturas também elas maquiavélicas) e a de mais alguns seres, do lado bom, para me ajudarem neste pleito que se previa muito desabrido.
5, foram os que responderam à chamada. Comigo perfaríamos 6. Estávamos equilibrados em número, mas seria realmente assim?
9.30 da manhã, no ar adejava um ténue nevoeiro e uma aragem gélida, que nada de bom auguravam. O embate iria começar e a jornada futurava-se longa.
Logo no início perdemos um dos nossos (ou ele é que se perdeu de nós), fruto de umas rezas perniciosas obradas pelo aleivoso 350 plus. Este pessoal não brinca em serviço. Ainda assim, viríamos a recuperá-lo momentos depois.
A peleja foi decorrendo de forma lenta e massacrante para ambos os lados. Eis que então sem que ninguém esperasse e numa altura em que já se começava a notar alguma lassidão o pérfido lobo, numa nítida manobra de intimidação espolinhou-se barreira abaixo, numa obvia intenção de deixar bem claro “who’s the man”. Ainda me pareceu ouvir-lhe, -como gajos como vocês ao pequeno-almoço.
Com esta manobra o lobo deixou-nos entre o boquiaberto e o amedrontados, mas ainda assim lá continuámos.
Mais tarde, acordámos um momento de trégua, para que pudéssemos fornir o bucho. Mais uma vez o terrível CEVA na pessoa do ardiloso ET, numa demonstração de força, equilíbrio e masculinidade brindou-nos com um maléfico sapateado como que a dizer –cansado? Quem eu? Olhem bem para mim. Isto é para meninos.
Lá continuámos com a moral de rojo.
Apesar de tudo, ainda houve tempo para uma pequena vindicta; aliciei o émulo com um bonito descenso, mas acabei por presenteá-lo com mais um par de bonitas ascensões.
Mais à frente ainda ouvi um desses seres do mundo fantástico articular a seguinte oração que me provocou um leve arribar de labro -não sei o que é que queres provar… (ou se calhar foi o vento ;-)
As hostilidades foram então sustadas e foram declaradas tréguas, pelo menos até novo encontro. A jornada teve então o seu término com um prândio onde todos puderam lamber as feridas da conflagração.
Em suma, o btt dá-me a oportunidade de conhecer muita gente e também eu tenho feito bons amigos. Hoje foi mais um desses dias. Tive a oportunidade de pedalar com um conjunto de amigos (uns mais recentes que outros) mas tudo por culpa do btt. Venham mais dias destes.



























