Nove de
nona. A passada edição dos 5 empenos foi a nona. Isto começa a ficar um caso
sério. Este ano éramos bastantes. Quarenta e tal almas que se deslocaram à
Sertã no último sábado de março qual romaria, com o objectivo de pedalar, rever
velhos amigos e conhecer outros novos.
É
curioso; quando comecei com os 5 empenos o objectivo era outro, o do passeio
guiado por gps, sem fitas, em autonomia desfrutando apenas da paisagem e da
bike. Estávamos em 2007, e não havia quase nada deste género.
Na 2ª
edição, (a primeira foi de teste com o Nuno, o Machado e o Henrique) apareceu
meia dúzia de amigos e um desconhecido, o José Andrade, que tem sido presença
bastante regular até então. Decidiu-se então que seguiríamos todos juntos e que
além da paisagem desfrutaríamos também da companhia uns dos outros.
Desde
então é assim que tem sido. Um passeio de amigos em que os amigos trazem novos
amigos, mas curiosamente todos parecem compreender perfeitamente o espírito
inerente a isto, um dia de festa, sem pressas, para aproveitar o melhor
possível o que o btt e a amizade tem para nos proporcionar, isto ao longo de um
dia inteiro, inteirinho só para nós.
Para a
décima edição espera-se um dia com muitas surpresas e muitas coisas a acontecer
com o intuito de tornar este dia inesquecível com uma comemoração à altura do
décimo aniversário. É uma comemoração que será de todos, de todos os que fazem
com que os 5 empenos voltem a acontecer ano após ano aparecendo por cá neste
dia.
os meninos vieram cheios de sede
Mas
vamos à edição deste ano.
Como
habitualmente a festa começou no dia antes com a chegada do Alex, do Jerónimo,
do Sargento Domingos e das meninas Ana e Isabel.
O
jantar foi animado, e bastante bem regado com direito a número musical e
espectacular performance do Jerónimo, que tal como o vinho do Porto que faz
questão de trazer todos os anos (e nós agradecemos) se encontra cada vez
melhor.
No dia
seguinte lá nos deslocámos até à Sertã onde a reunião seria feita. Como já
referi, este ano o número de participantes foi o maior de sempre, o que nos
deixa a todos contentes, porque quantos mais para partilhar este dia, melhor. Este
ano havia três meninas participantes (um das quais um bocadito feia). A
fotógrafa oficial continuou a ser a Carla (com a qualidade que lhe é
reconhecida) e todos aqueles que foram tirando fotografias durante o dia e que
conseguiram captar todos aqueles momentos que muitos gostariam que tivessem
passado despercebidos (sim porque afinal não fui o único a cair; talvez o mais
espectacular, mas não o único).
Como a
organização não brinca, encomendou um dia de sol, daqueles mesmo quentinhos
para fazer transpirar um bocadinho.
...o mata bicho
o look vencedor desta edição
Como
já havia referido, esta festa é de todos, porque a mesma só acontece porque
todos se juntam cá neste dia. Assim sendo é com prazer que observo todos que
considerando fazer parte organização preparam a sua parte ao detalhe, fazendo
com que os 5 empenos continuem a estar na vanguarda na inovação no que diz
respeito a este tipo de eventos. Se a parte cultural fica com o Jerónimo, a
parte do reforço, este ano e pela primeira vez a nível mundial e quem sabe até
nacional, ficou com o Cabaço. Os 5 empenos estrearam a modalidade do reforço
volante. A qualquer momento que desejassem os atletas puderam usufruir da
papinha do reforço, sem ter de ir ao reforço, o reforço vinha aos atletas .A
tarefa ficou a cargo do Luís que a desempenhou na perfeição, foi ele o
responsável pela ausência de cãibras na edição deste ano. Enfia e aprende como
se faz CAPE EPIC.
o reforço volante no início
...e no acompanhamento aos atletas
Mas
nem tudo são rosas, como em todo o lado há aqueles participantes mais
complicados a quem nem sem sempre é fácil fazer entender do que isto se trata. O
mais difícil foi explicar ao Faísca que apesar passarmos duas ou três vezes em
alcatrão, o percurso maioritário seria fora de estrada, logo não propício à
roda fina. A organização tenta sempre ter em linha de conta todas as
assimetrias e todas as diferentes experiências diárias que a vida proporciona a
cada um dos participantes. Tenho a certeza que logo que o alcatrão e a luz
eléctrica cheguem a Vila Nova de Monssaros será muito mais fácil ao Faísca
compreender estas pequenas coisas.
Havia
grande espectativa sobre qual veículo se faria o Bruno transportar. Corriam
rumores de uma mistura de bike com caiaque e outros adereços insufláveis que o
ajudassem a transpor a zona do rio.
Depois
de tudo pronto fizemo-nos à estrada. O primeiro empeno deste ano seria
diferente do do ano passado. Após alguns quilómetros para que se pudesse fazer
o aquecimento, lá se atiraram todos à subida com mais ou menos apetite. Era
vê-los todos agachadinhos por ali acima. Depois a descida, outra subida e a
habitual paragem na fonte do Marmeleiro e o consequente ataque às laranjas.
Daí
até ao carreiro ao fundo da Azinheira, foi um instante. O Bruno meio apreensivo
lá foi seguindo como pôde. O single começa a ficar muito fechado e para o ano a
passar-se por ali terá que ser alvo de uma limpeza. Acho que vou aproveitar a
sugestão do Zé Andrade e ao pretexto de uma sardinhada junta-se uma equipa de
limpeza do referido carreiro. O Zé tráz as sardinhas e aceitam-se voluntários
para a equipa de limpeza do trilho e das sardinhas (exactamente por esta
ordem).
A
chegada à ponte fez-se com a recordação do momento mais alto (e depois mais
baixo, quando o Bruno chegou ao fundo da barreira) e com o Alex a
disponibilizar umas braçadeiras ao Bruno para aquela parte do trajecto caso
fosse necessário. Se isto não é amizade, então não sei o que é.
...a passagem do testemunho
E
carma, já ouviram falar? Pois é, o carma é lixado. What goes around, comes
around. Apesar de quase nunca ter
mencionado a queda do Bruno no ano passado, este ano calhou-me a mim. Fui
vitima de um conjunto de situações, entre as quais incluo ter apertado os
pedais no dia anterior (e juro que os experimentei, mas o carma…) e o Carlos
estar a praticar uma nova técnica de eliminação de adversários. As duas juntas,
foram-me fatais. Apesar disso tive uma sorte imensa e consegui saltar da bike
enquanto descia a barreira a correr. Já a bike foi aos tombos, mas daqueles com
estilo. Mas chegámos lá a baixo os dois inteiros. Diz quem viu que foi assim
uma coisa à Evel" Knievel. Ao que parece, não fui o único, outros houve,
e esses sim, que foram ao chão, mas alguém se acusou? Népia.
...pois
Depois
deste número, continuámos até à praia fluvial do Bostelim e daí seguimos para o
verdadeiro empeno, que nos levaria ao centro geodésico de Portugal.
Daí
baixámos até Vila de Rei onde iríamos comer qualquer coisa mais substancial.
A
segunda parte, o regresso, é sempre mais rápido e mais fácil. Dirigimo-nos à
cascata do Escalvadouro, este ano com muito pouca água pela falta de chuva. O
João, com uma paragem de digestão estava com dificuldades visíveis em
progredir. Decidimos seguir os dois até à estrada, onde a Rita o veio buscar.
Eu segui por alcatrão a tempo de ir fazer o último empeno do dia. O Domingos
como é um querido, ainda me tapou o cimo do empeno com um tronco. Para a décima
edição conversamos melhor, payback’s a
bitch :)
o último empeno... curto mas inclinado, e com troncos
O
final aproximava-se, contudo ainda faltava o jantar e consequentemente a parte
cultural deixada a cargo do Jerónimo, que voltou a não desiludir.
A
noite ainda continuou para alguns, enquanto os outros foram regressando a casa.
Para o
ano como já referi a festa será maior e com uma duas surpresas. Quem quiser
aparecer, fica desde já convidado.
Para
terminar, deixo um grande obrigado a todos os que estiveram presentes, aos
repetentes e aos que vieram de novo. São os maiores.